O Presidente do Conselho de Administração da TAGUSPARK, uma sociedade empresarial portuguesa, Eduardo Baptista Correia, defendeu que as Universidades devem se transformar em incubadoras de diferentes projectos que promovam o desenvolvimento de regiões atrasadas em todas as vertentes.
Correia falava numa palestra subordinada ao tema “Promoção de uma Cultura de Incubação: O Papel das Universidades e das Incubadoras Universitárias”, realizada na manhã da última Sexta-feira, no Centro Cultural da Universidade Rovuma (CECUR), em Nampula.
Segundo o orador luso, é papel das instituições de ensino superior empenhar-se na inovação do que já existe e que se apresente ultrapassado em termos de utilidade e expandir o conhecimento para áreas que dele precisem para que o desenvolvimento seja equilibrado.
Na sua alocução, Baptista Correia citou o exemplo de Oeiras, um pequeno município de Portugal, com 200 mil habitantes, e que apresenta, presentemente, elevados índices de desenvolvimento e onde estão localizadas as melhores empresas e profissionais com alto padrão.
Para o Presidente do CA (CEO) da TAGUSPARK, o desenvolvimento de Oeiras, que teve como alicerce na inovação constante, começou a verificar-se nos últimos 40 anos, tendo a região crescido devido à colaboração existente entre as empresas ali baseadas e a população local.
“A inovação e o desenvolvimento só podem ocorrer havendo uma colaboração permanente, em todos os aspectos, entre as pessoas aí residentes e as instituições de ensino superior, as quais devem tomar a dianteira desse processo”, acrescentou Baptista Correia, que é, igualmente, professor universitário.
Segundo o orador, a inovação deve ser abrangente, servindo a todos, “pois não há milagre algum que venha tomar conta do nosso lugar comum, que é o mundo”. Ele sublinhou, mais adiante, “que vivemos num mundo em rápida transformação, que exige de nós um maior envolvimento nessa transformação”.
Porque a palestra antecedeu a cerimónia de entrega de mais de 200 computadores a estudantes da Universidade Rovuma, o orador dedicou parte da sua intervenção para falar da importância destes instrumentos informáticos, qualificando-os como “importantíssimos, dado que são transformadores do cidadão e do mundo”.
Apesar de inúmeras dificuldades que Moçambique enfrenta, Eduardo Baptista Correia teceu elogios ao país, afirmando que este é potencialmente rico, uma das nações mais agradáveis do mundo, decorrendo um trabalho extraordinário que se está a fazer localmente para inverter o actual quadro.
A TAGUSPARK existe há 30 anos, segundo o respectivo CEO, tendo a sua existência sido projectada para 80 anos.